Moreira diz não haver alternativa à Rua de Costa Cabral para o transporte público

Confrontado com as opiniões de que a Rua de Costa Cabral exige uma intervenção que dê resposta às questões da mobilidade, o presidente da Câmara reiterou que "da mesma maneira que nós ainda não conseguimos encontrar uma solução, também não nos foi submetida, até agora, pelos especialistas, nenhuma solução que, objetivamente, resolva a utilização da rua por um conjunto de usos que são muito difíceis de compatibilizar". Referindo que a artéria terá sido definida, em sede de Plano Diretor Municipal (PDM) do Porto, como uma via estruturante da cidade, Rui Moreira reforça a certeza de que "não há alternativa para o transporte público".
No final da reunião de Executivo nesta segunda-feira, o autarca afirmou que "se a rua fosse apenas para os moradores e utilizadores diretos, conseguir-se-ia melhorar significativamente a circunstância" e, até, "colocar, provavelmente, um sentido único".
No entanto, lembra, acorrem a Costa Cabral os pais que levam as crianças à escola, os atletas do Académico Futebol Clube e mesmo os clientes do comércio que ali existe, "que não são das redondezas e que vão para lá de carro".
Tudo isto, ao mesmo tempo que, afirma, a rua serve de via estruturante e vital para os percursos de autocarro da STCP. "Se fechássemos, não havia fórmula de circulação" e baixaria a velocidade comercial dos autocarros, considera Rui Moreira, acusando que "se os pusermos a fazer ângulos retos sucessivos, [circulando apenas entre os Combatentes e o Jardim do Marquês], mais vale não haver autocarros".
"Os especialistas podem ter todas as opiniões que quiserem. Podemos teorizar imenso, até podemos dizer que são precisos enormes masterplans", critica, considerando que uma das soluções apontadas, a da pedonalização, com "os carros a andar devagarinho" não resolve o problema de acesso apontado pelos comerciantes.
O autarca sublinha a necessidade – e a dificuldade – de procurar responder aos vários usos da Rua de Costa Cabral, cujos estudos municipais, realizados em sintonia com o Académico e os comerciantes, já resultaram na permissão de partilha das faixas BUS com as bicicletas.
Rui Moreira reforça que "não podemos ouvir apenas os pais das crianças que estão nas escolas ou os atletas do Académico ou só os lojistas. Temos que ouvir a cidade toda porque a cidade toda precisa daquela via como artéria estruturante que está no PDM, amplamente discutido".
"Não vale a pena termos a ideia e excluir os usos", afirma.
Ao longo de cerca de cinco quilómetros, a Rua de Costa Cabral, uma das maiores artérias da cidade, liga o Jardim do Marquês à Areosa.
O presidente da Câmara falava no final da reunião na qual o Executivo aprovou por unanimidade três votos de pesar pelos falecimentos do príncipe Karim Aga Khan (proposto pelo movimento independente Rui Moreira – Aqui Há Porto), do pintor António Fernando (pela CDU) e da escritora Maria Teresa Horta (pela CDU e Partido Socialista).

Os votos foram subscritos por todas as forças políticas.

 

Fonte: CM Porto
Foto: CMP | Andreia Merca

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