Morte de Putin é a única forma de sair da guerra, diz Asselborn

"A eliminação física" do Presidente russo Vladimir Putin pelo seu povo é a única forma de acabar com a guerra na Ucrânia, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros luxemburguês, Jean Asselborn, acrescentando que os russos derrubariam o seu governo se soubessem realmente o que está a acontecer.
"Se o povo russo visse o caos que Putin está a criar, o que ele está a destruir, por quanto medo e quantas mortes ele é responsável, na minha opinião, o Kremlin seria derrubado, o que é tudo o que poderia desejar [que lhe acontecesse], também que ele fosse fisicamente eliminado", afirmou Asselborn numa entrevista à rádio 100,7, esta quarta-feira. 
O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, disse que Biden sabe que a única alternativa às sanções contra Moscovo é uma terceira guerra mundial.
Única alternativa a sanções era uma "guerra nuclear devastadora", diz chefe da diplomacia russa
Sergei Lavrov disse que o Presidente norte-americano, Joe Biden, sabe que a única alternativa às sanções contra Moscovo é uma terceira guerra mundial.
"Essa parece ser a única forma de o parar", disse o ministro, conhecido pelos seus comentários ousados sobre os líderes estrangeiros. Asselborn "não consegue imaginar" que as atuais negociações de paz irão produzir resultados.
O Luxembourg Times revela que o Ministério dos Negócios Estrangeiros não comentou a questão sobre se Asselborn pretendia incitar os russos a revoltarem-se e a derrubar o governo e possivelmente matar Putin para pôr fim ao conflito, dizendo que a entrevista tinha sido clara.
A entrevista levou o partido de direita ADR a perguntar ao Primeiro-Ministro Xavier Bettel se ele achou "apropriado" que o Ministro dos Negócios Estrangeiros do país recorresse publicamente ao apelo à violência mortal contra um Chefe de Estado estrangeiro, numa pergunta parlamentar que Bettel tem de responder no prazo de uma semana.
"III Guerra Mundial? Já entrámos nela há algum tempo", diz biógrafa de Putin
"Putin está a agir de forma cada vez mais emocional e poderá usar todas as armas ao seu dispor. Incluindo as nucleares. É importante não ter nenhumas ilusões, mas também não perder a esperança", diz a ex-conselheira nacional de defesa norte-americana, Fiona Hill.
A luta por algumas das principais cidades da Ucrânia intensificou-se no sétimo dia do ataque militar da Rússia, com fortes bombardeamentos na cidade oriental de Kharkiv, enquanto um comboio militar se aproximava da capital, Kiev.
As negociações para acabar com a guerra tiveram lugar na segunda-feira entre as delegações que representam Moscovo e Kiev. Os resultados foram inconclusivos, embora ambas as partes tenham concordado em prosseguir as conversações, informou o Financial Times. As conversações poderão ser retomadas esta quarta-feira, afirmou o governo ucraniano.
Asselborn, conhecido por ter tecido comentários sobre o antigo vice-primeiro-ministro italiano Matteo Salvini e a Hungria, fez com que o diplomata dos EUA Mike Pompeo cancelasse uma visita ao Luxemburgo em janeiro de 2021, poucos dias depois de ter chamado o antigo presidente dos EUA Donald Trump de "criminoso" e "piromaníaco político".

 

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