Motoristas da STCP aprendem defesa pessoal com Polícia Municipal

Não há dados estatísticos, mas os motoristas da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) são alvo, algumas vezes, de tentativa de agressões por parte dos utentes, sobretudo verbais, mas que chegam também ao contato físico. Numa ação inédita no país, Polícia Municipal (PM) e empresa de transportes decidiram avançar com um curso de defesa pessoal para os condutores dos autocarros.

Porque estão tantas vezes “numa posição frágil”, ainda que, por exemplo, o acrílico que divide o habitáculo do motorista em relação à entrada dos passageiros, e que se mantém desde a pandemia, seja um importante elemento de proteção e dissuasor, os motoristas são “provocados”. Dotá-los de ferramentas para legítima defesa, para além do conhecimento da legislação em vigor e das leis sobre o assunto, que constam no Código Penal, são os propósitos da ação de formação.

“Queremos dotá-los com ferramentas de defesa pessoal. São equipas que andam na rua 24 sobre 24 horas, 365 dias por ano”, lembra a presidente do conselho de administração da STCP.

Esta é, por isso, e na opinião de Cristina Pimentel, “uma parceria fundamental para dar algumas competências ao nosso pessoal tripulante”. “Vamos tendo algumas ocorrências. Nada de especial, nem nada que seja preocupante, para já”, mas é fundamental que “saibam reagir e agir em situações, mais ou menos, complexas”, sublinha, acrescentando: “Toda e qualquer formação que possamos dar é uma mais-valia, numa tentativa de dar também mais conforto e mais rigor ao nosso pessoal tripulante”.

Ainda que a Polícia Municipal seja presença assídua em algumas das linhas da STCP basta aos motoristas aplicarem gestos simples de defesa pessoal como forma de abordar altercações dentro dos autocarros e que, diretamente, os atinjam. Até o simples posicionamento pode ser fundamental como prova em litígio judicial, já que os autocarros estão dotados de câmaras. “Um dispositivo de grande importância e que não pode ser nunca descurado”, afirmou, no início da ação de formação, o comandante da PM, superintendente Leitão da Silva.

A Polícia Municipal realça o ineditismo da formação. “Não se faz em mais lado nenhum”, revela a comissária Carina Pires. Por isso, diz, “para nós é importante dar aos motoristas alguns instrumentos e ferramentas, que lhes permitam garantir a sua segurança, em intervenções mais graves ou violentas”.

“Podermos contribuir para que a STCP melhor, cada vez mais, o serviço prestado, na ótica de segurança do próprio condutor, que, diariamente, gere situações de algum stress, é muito importante”, acrescenta a também chefe de Divisão Policial da PM.

 

 

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