23 Oct 2024, 7:54
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A Câmara do Porto vai permitir o abate de sete das 48 árvores tuteladas pela Infraestruturas de Portugal (IP) na zona da Prelada por apresentarem “problemas biomecânicos” que podem comprometer pessoas e bens, foi revelado esta terça-feira.
Depois de, em março, ter travado o que se antevia como "um abate massivo" de árvores junto à VCI, na zona da Prelada, o Município do Porto conseguiu deferir a proposta de corte de 48 choupos pela Infraestruturas de Portugal (IP), que tutela aquela artéria. Assim, apenas sete exemplares serão abatidos – devido a problemas biomecânicos – enquanto os restantes serão alvo de intervenção ao nível da poda.
Em declarações à Lusa, o vice-presidente da Câmara, Filipe Araújo, reforça que "isto prova que, afinal, não estavam todas as árvores em mau estado". Será essa a conclusão do relatório fitossanitário solicitado pelo Município à empresa pública.
Preservando 41 das árvores em questão, apenas sete necessitam de ser abatidas por apresentarem problemas biomecânicos devido às suas copas esguias e pouco ramificadas e a relação altura/diâmetro desproporcional, que podem comprometer pessoas e bens.
O também responsável pelo Ambiente acrescenta que a IP estará a avaliar se a medida de abate pressupõe a plantação de novos exemplares.
Recorde-se que no último mês de março, a autarquia foi alertada para o corte de cerca de duas dezenas de árvores na Rua Maria Lamas, na sua maioria grande porte, que têm entre os 20 e os 60 anos, atuando, entre outras valências, como barreira de ruído para quem habita na zona.
A Câmara do Porto reitera o seu compromisso com a preservação do arvoredo urbano. No entanto, a insistência pela manutenção de exemplares perigosos jamais deverá sobrepor-se à necessária segurança dos munícipes e/ou utilizadores da cidade.
Fonte: CM Porto
Foto: Green Savers