21 Feb 2024, 0:00
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Na tradicional Página do Presidente, que assina na edição de fevereiro da revista Dragões, Jorge Nuno Pinto da Costa começou por referir-se ao “primeiro semestre desta temporada” como “um ponto de viragem na situação financeira do FC Porto”, dado que o “resultado do exercício é muito positivo e a evolução dos capitais próprios foi extraordinária”, “na ordem dos 170 milhões de euros”.
Foi “sem qualquer euforia” que o presidente assinalou esses factos, dado que “para o FC Porto só há um tipo de conquistas, a de títulos”. Se a situação económica coloca o clube “numa melhor posição para o futuro”, é também preciso que “as equipas se enfrentem em igualdade de circunstâncias, o que nem sempre acontece em Portugal”.
César Boaventura foi recentemente condenado “por praticar atos de corrupção desportiva a favor do Benfica. O clube não foi envolvido no caso, mas segundo o tribunal ficou mesmo provado que aqueles atos aconteceram” e que “em 2015/16 houve jogadores de pelo menos dois clubes abordados para perderem de propósito contra o Benfica”. Há “dúvidas no ar” sobre o tema e “é muito importante que a justiça desportiva atue”, já que se não serve “para punir atos de corrupção no desporto, serve para quê?”.
O dirigente máximo do clube terminou o texto com a garantia de que “o FC Porto segue este e outros casos com atenção e não deixará de denunciar todos os atos ilícitos que desvirtuem a verdade desportiva e cheguem ao seu conhecimento”. “Por mim, nunca nos calaremos”, afirmou ainda antes de demonstrar espanto por “muitos, como o presidente do Sporting”, optarem pelo silêncio.