8 Oct 2024, 12:35
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Um turismo de maior valor acrescentado, mais sustentável e mais qualificado é o que o presidente da Câmara do Porto considera que deve ser o foco do investimento nacional, no momento em que se discute a Estratégia de Turismo 2035. A Alfândega do Porto recebeu, na tarde de segunda-feira, a segunda sessão do ciclo de conferências do processo de construção do plano a dez anos, sob o tema "Construir o Turismo do Futuro".
"Temos que ser capazes de diversificar o que era evidente", sublinha Rui Moreira, referindo a necessidade de orientar "políticas de futuro para o enriquecimento da oferta turística, através da valorização de subprodutos", como o Porto vem fazendo através da estratégia de dispersão por quarteirões.
O autarca respondia a uma questão sobre a estagnação do turismo, considerando importante "ter um produto preparado para ir buscar os melhores", isto é, os visitantes vindos de mercados de alto rendimento, "que também viajam em lowcost", assim como aqueles que voltam à cidade depois de uma primeira experiência, "à procura da diversidade".
E isso inclui, acrescenta o presidente da Câmara, o alargar da estratégia, não apenas dentro da cidade, mas à região e mesmo ao país vizinho. Assim como "o pensar neste como um produto que tem que ser aperfeiçoado".
Para Rui Moreira, "a boa e a má notícia é que o que faz os turistas escolherem dentro de um destino mudou radicalmente". Uma vez que "as pessoas quando vêm já desenharam o seu roteiro", por isso, "temos que trabalhar no sentido da requalificação para que o valor acrescentado seja cada vez maior".
Com a revisão em alta do valor da Taxa Turística Municipal em curso, o presidente da Câmara lembrou que "o crescimento do turismo obriga as cidades a um investimento continuado na cultura, na mobilidade, nos espaços verdes" e voltou a referir que "era preferível que fosse um imposto municipal", que poderia ser canalizado para outras áreas.