O Porto é "melancolicamente belo"

Jornal francês Le Monde faz um trajeto pela cidade dos escritores.

Das fachadas Arte Nova ao granito da Casa das Artes, das largas avenidas às ruelas estreitas, a arquitetura da cidade do Porto joga com variações estilísticas. Uma charmosa "colcha de retalhos".

No Porto, há a bruma do estuário e o granito das casas ora abertas, ora desabitadas. É mesmo uma repetição de acordo com as andanças. Quando a noite cai, podemos contar as janelas iluminadas. Um sentimento de abandono que não falta charme. O Porto é elegante, complexo e melancolicamente belo. Como estes amantes de fogo, Camilo Castelo Branco e Ana Plácido, cuja história romântica inspirou o romance Amor de perdição adaptado ao cinema em 1979 por Manoel de Oliveira. 
É preciso olhar para cima para ver os mosaicos da década de 1950 aninhados sob as arcadas do Palácio Atlântico.
“O Porto é uma colcha de retalhos, há variações de tom, vários estilos, várias influências, um pouco de Brasil, Inglaterra ou França. É uma cidade onde a policromia é omnipresente, onde as justaposições de épocas e estilos escapam a toda a lógica. Não há planeamento como em Paris. "Sempre há um varal e uma casa abandonada”, não esquecendo a Rua de Santa Catarina, a mais movimentada e comercial da cidade. 
Em frente, o Majestic Café, com fachada tardia Arte Nova, projetada pelo arquiteto João Queiroz em 1921. O estabelecimento foi renovado na década de 1990. O pátio nas traseiras do café é o melhor local para desfrutar do seu expresso, o mais caro do Porto!
A algumas ruas de distância, as paredes revestidas de azulejos (ladrilhos de barro decorados, na tradição árabe) do hall de entrada da estação de São Bento assinados pelo pintor português Jorge Colaço. O edifício, construído pelo arquitecto português José Marques da Silva, em grande parte inspirado no estilo Beaux-Arts em voga na França no século XIX , assemelha-se estranhamente à estação de Saint-Lazare em Paris.
A poucos metros, outra curiosidade, o Grande Hotel, inaugurado em 1880. A entrada discreta abre-se para uma suite de acolhedores salões bem ingleses. As decorações trompe-l'oeil, como a parede de livros ou a grande sala de estar com lustres extravagantes, são surpreendentes; você pode facilmente imaginar os cavalheiros da aristocracia inglesa do início do século 20 bebendo um xerez ou dançando um foxtrot.
O Teatro Rivoli, inaugurado em 1913, lembra a influência francesa e em particular a de Auguste Perret. Um grande edifício de concreto branco em forma de arco que oferece grandes janelas de sacada. Na mesma praça, é preciso olhar para cima para ver os mosaicos da década de 1950 aninhados sob as arcadas do Palácio Atlântico.
A algumas ruas de distância, com paredes revetidas de azulejos (ladrilhos de barro decorados, na tradição árabe) do hall de entrada da estação de São Bento assinado pelo pintor português Jorge Colaço. O edifício, construído pelo arquitecto português José Marques da Silva, em grande parte inspirado no estilo de Belas Artes, na França no século XIX, parece-se,, estranhamente com a estação de Saint-Lazare em Paris.

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