17 Jul 2022, 0:00
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A portuguesa Patrícia Mamona garantiu, no sábado, um lugar entre as 12 finalistas do triplo salto feminino nos Mundiais de atletismo em Oregon, nos Estados Unidos, mas já pensa em "saltar muito", na segunda-feira.
"Nas condições em que estava no aquecimento, pensei que ia ser pior. Ter conseguido passar para a final, deu-me mais força, porque, se, assim, consigo saltar e chegar à final, é mais um exemplo que consigo superar o que me apareça à frente", afirmou a vice-campeã olímpica.
Patrícia Mamona assegurou a presença na final da 18.ª edição dos campeonatos do mundo com o 10.º lugar na qualificação, com os 14,32 alcançados no terceiro salto, depois de 14,05, a abrir, e de um nulo.
"O segundo salto foi uma reviravolta mental. Não me estava a sentir muito bem e fui eu a tentar lutar contra mim e dizer que era capaz. Embora tendo sido nulo, foi um bom salto, e fiquei a saber que só tinha de acertar na tábua e conseguir a marca de qualificação. Não consegui, mas passei à final e isso é que interessa", sublinhou a atleta do Sporting, procurando desvalorizar as dores nas costas que sentiu durante a competição.
A medalha de prata em Tóquio2020 e recordista nacional, com 15,01 metros, vai voltar a defrontar, na final, na segunda-feira, a partir das 18:20 locais (02:20 de terça-feira em Lisboa), a venezuelana Yulimar Rojas, que hoje alcançou a melhor marca na qualificação (14,72), no primeiro salto.
Além da campeã olímpica e recordista mundial, só superaram os 14,40 metros da qualificação direta a ucraniana Marina Bekh-Romanchuk (14,54), a dominicana Ana Lúcia José Tima (14,52), a finlandesa Kristina Makela (14,48) e a jamaicana Shanieka Ricketts (14,45), tendo a 12.ª e última vaga sido ocupada pela jamaicana Kimberly Williams (14,27).
"Sinceramente, sabia que podia ser uma qualificação especialmente difícil para mim, depois de todo o trajeto que fiz até chegar aqui, que não foi fácil", realçou Mamona, que chegou a Eugene2022 na terceira posição do 'ranking' mundial, mas apenas com a 14.ª marca do ano (14,42 metros), alcançada em março, nos Mundiais em pista coberta, nos quais ficou no sexto lugar.
Tendo o sexto lugar em Doha2019 como melhor resultado nas quatro anteriores presenças em Mundiais, a atleta do Sporting concentra-se em segunda-feira: "Agora que passei, tenho de esquecer todo o que aconteceu no passado e focar-me na final, que é mais uma oportunidade para deixar tudo lá, para saltar muito".
"[Dias como os de hoje] Fazem parte, tenho muita experiência e, agora, é descansar, recuperar ao máximo, e pensar que na segunda-feira vai ser melhor, é nisso que estou a pensar", concluiu.