13 Dec 2021, 0:00
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classificação do Douro como Património Mundial representou uma "grande mola" para o desenvolvimento do enoturismo na região, onde nas duas últimas décadas foram muitas as quintas históricas que abriram as portas ao turismo.
Há mais turistas a percorrer a região, que foi também palco para muitos investimentos em infraestruturas, como hotéis, e as quintas têm apostado no enoturismo abrindo as portas das propriedades históricas aos visitantes, um percurso que se intensificou nos últimos 20 anos que coincidem com a classificação do Alto Douro Vinhateiro (ADV) como Património Mundial da Humanidade.
O Douro foi inscrito na lista da UNESCO como paisagem cultural evolutiva e viva a 14 de dezembro de 2001.
"A classificação enquanto Património da Humanidade foi a grande mola para o desenvolvimento enoturístico da região", afirmou à agência Lusa Laura Regueiro, da Quinta da Casa Amarela, em Lamego.
Esta foi uma das primeiras propriedades históricas durienses que se abriu ao enoturismo em 1998, quando a Rota do Vinho do Porto dava também os primeiros passos.
A rota não vingou e este ano o Douro aderiu à Rota dos Vinhos e do Enoturismo do Porto e Norte.
Para Célia Ramos, vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), a classificação "fez desabrochar no Douro a dimensão da complementaridade do turismo e do enoturismo relativamente à viticultura".
"Foi uma grande oportunidade", salientou, referindo que, associada à produção, as quintas têm também uma "história para contar".
A abertura das propriedades vitícolas ao enoturismo verificou-se em várias outras regiões do mundo e algumas não são Património Mundial. No Douro, a classificação foi um dos fatores que ajudou a potenciar o produto.
A aposta no enoturismo tem uma década, mas já havia visitantes a passar pela propriedade histórica localizada em Sabrosa e que exporta para mais de 50 países.
A equipa de enoturismo tem 10 pessoas que recebem cerca de 7.000 visitantes por ano.