Pedro Duarte pede edifícios do Estado para apoiar os sem-abrigo

Foi no Acolhimento Temporário Joaquim Urbano (CATJU) que, na passada sexta-feira, o presidente da Câmara sentiu o pulsar de quem ali trabalha, diariamente, para dar resposta às pessoas em situação de sem-abrigo. Neste caso em concreto são 40 utentes, mas a ideia é alargar este tipo de serviço municipal a mais sítios da cidade, por exemplo através da utilização de edifícios do Estado.

A Câmara do Porto quer mesmo aumentar as respostas sociais para os sem-abrigo. "Não nos conformamos com o facto de conviver com cidadãos que vivem sem um teto e em circunstâncias particularmente vulneráveis", afirmou Pedro Duarte, após a visita ao CATJU, acrescentando: "Estes centros fundamentais. Por isso, queremos acolher e apoiar ainda mais este tipo de iniciativas e estruturas porque queremos combater este tipo de flagelo".

Para já, e segundo revelou o autarca, a Câmara do Porto está em contacto com o Governo para decidir o que fazer aos muitos edifícios do Estado existentes na cidade. Uma das ideias é, precisamente, utilizá-los para dar mais respostas às pessoas em situação de sem-abrigo.

"Precisamos de instalações físicas e, por isso, estamos em contacto já com o Estado central, nomeadamente através da ESTAMO [empresa de capital exclusivamente público, que tem por missão a gestão, venda, arrendamento e promoção de ativos imobiliários não estratégicos], para podermos olhar para o conjunto de imóveis do Estado na cidade e dar-lhes uma outra utilização", avançou Pedro Duarte.

De momento, a autarquia está já a fazer o cadastro de todos os imóveis para, segundo o presidente da Câmara, "poder, de alguma maneira, adquirir ou tomar posse" deles. "Estamos, principalmente, a tentar encontrar uma solução de resposta social, nomeadamente para este fenómeno de pessoas sem-abrigo, para percebemos qual é a forma mais eficaz", acentuou, relembrando que o Executivo está a trabalhar, em conjunto com instituições no terreno, num novo programa social – o Porto Feliz 2.0.

No caso concreto do Centro de Acolhimento Temporário Joaquim Urbano, este acomoda, atualmente, um espaço para 40 pessoas em situação de sem-abrigo, um centro de emergência social para 30 pessoas, cozinha centralizada da rede de restaurantes solidários municipais, oficinas e equipa de animação e integração, entre outras valências.

O centro de acolhimento, situado na freguesia do Bonfim, foi inaugurado em 2017. É totalmente financiado pela autarquia, operando 24 horas por dia e 365 dias por ano. Desde a sua abertura e até novembro deste ano já acolheu mais de 380 utentes.

O périplo de Pedro Duarte por espaços sociais da cidade prosseguiu, entretanto, com uma visita ao restaurante solidário Casa da Mãe Clara, na Casa de Saúde da Boavista, em Ramalde. Faz parte da Rede de Restaurantes Solidários, criada pela Câmara Municipal do Porto em 2016.

Atualmente, e para além da Casa da Mãe Clara, existem mais dois restaurantes solidários em funcionamento: nas instalações do Hospital Joaquim Urbano, onde as refeições são confecionadas, sendo depois distribuídas pelos outros restaurantes, e na Baixa (no Beco de Passos Manuel). Em média são servidas cerca de 550 refeições por dia.

 

Fonte: CM Porto
Foto: CMP | Andreia Merca

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