6 Sep 2024, 8:24
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A Câmara Municipal do Porto e a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) sugerem a utilização, provisória, do canal do metrobus da Avenida da Boavista pela linha 203 até à chegada dos autocarros a hidrogénio. A solução consta de um ofício enviado pelo presidente da Câmara, Rui Moreira, ao presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, deixando bem claro que "nem o Município do Porto, nem a STCP, têm qualquer responsabilidade direta no atraso da chegada dos veículos encomendados" pela empresa e que deve ser a mesma a esclarecer a população sobre o processo.
O presidente da Câmara pediu à STCP "para explorar a viabilidade de utilizar a infraestrutura rodoviária já concluída, através de uma operação transitória com os meios disponíveis". "Isto incluiria também a utilização dos sistemas técnicos - como os de comunicação e priorização de veículos nas intersecções, e a informação ao público nas estações - que estarão brevemente operacionais, tendo pleno conhecimento que esta não será a versão final do sistema BRT (Bus Rapid Transit)", sublinha Rui Moreira.
Contudo, não deixa de ressalvar que "qualquer que seja a forma de mitigação, por parte da STCP, do problema causado pela inexistência de veículos, é crucial que se esclareça a população que esta solução é temporária e não configura uma operação de BRT (Bus Rapid Transit/Metrobus)".
"É imperativo sublinhar que nem o Município do Porto, nem a STCP, têm qualquer responsabilidade direta" no atraso da chegada dos veículos encomendados pela Metro do Porto, vinca.
No mesmo ofício, o autarca portuense insta a Metro do Porto a esclarecer a população "sobre a verdadeira situação decorrente dos constrangimentos na contratação pública [que levaram ao atraso na encomenda dos autocarros a hidrogénio], cujo processo de elaboração e tramitação é da inteira responsabilidade de V.Exa [Tiago Braga], sendo o município do Porto e a STCP totalmente alheios a esta questão".