Portugal não está em "situação crítica" em termos de fundos da UE

A comissária europeia responsável pela Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, disse que Portugal “não se encontra numa situação crítica” em relação aos fundos estruturais devido ao atraso na tomada de posse do novo Governo.

Elisa afirmou afirmou que “Portugal não está sem fundos” e que ainda há tempo para o enquadramento comunitário para o período entre 2021 e 2027, o chamado 2030, uma vez que, até ao momento, apenas um país da União Europeia “fez completamente as negociações".
“Acho que, neste momento, não há situação crítica, fizemos para estes contratos os acordos de parceria plurianual de 27/1, o único país que já fechou completamente as negociações foi a Grécia, já no verão passado”, disse.
Elisa Ferreira sublinhou que “Portugal não está sem fundos, teve fundos de emergência, fundos estruturais que foram reprogramados” para responder à pandemia de covid-19.
Além disso, “ainda estão em curso fundos excepcionais para reforçar o quadro anterior” para completar o quadro comunitário 2014/2020, que ainda tem dinheiro.
Para a comissária europeia, “o importante é que o ano de 2022 não passe sem dar saltos importantes na negociação do quadro para 2021/2027”.
“Há negociações, há discussões entre a Comissão Europeia e as entidades portuguesas, isso deve ser acelerado, para que no ano de 2022 essas negociações sejam encerradas”, concluiu.
Para Elisa Ferreira, o que importa, neste momento, é que “há uma discussão pública sobre o que pretende fazer com estes aumentos de fundos”.
“O que se vai fazer é muito mais importante do que essa ânsia por dinheiro”, considerou.
Para a responsável pela Coesão e Reformas, “o mais importante é reorientar as discussões públicas, tanto a nível europeu como em Portugal, sobre o que queremos fazer e apostar nos vetores certos”.