Portugueses retidos na Ucrânia: “Estamos à espera que o Governo tenha o bom senso de nos repatriar”

Há portugueses retidos na Ucrânia que ainda não conseguiram regressar ao seu país, apesar das tentativas. João Metelo, de 30 anos é um deles, vive na cidade de Dnipro, da qual ainda não conseguiu sair.

Em declarações à ‘TSF’, o responsável explica como tem vivido a crise na Ucrânia e deixa um apelo ao Governo português para que efetue o seu repatriamento e da sua família.
“Os comboios só estão a aceitar mulheres com crianças. Até as mulheres têm algumas restrições, porque se não tiverem crianças não entram. Os homens estão completamente barrados, independentemente da nacionalidade”, explica.
João Metelo refere que “já tentámos através de estrada, mas todos têm medo. Portanto, cá estamos à espera que o Governo português tenha o bom senso de nos repatriar”, acrescenta, citado pela estação.
Pelo facto de residir na parte oeste de Dnipropetrovsk, o português e a família estão “um bocadinho mais protegidos”, mas isso “não impede uma invasão”, alerta. “Recebemos dois mísseis logo no início da guerra. Foram os únicos mísseis que nos atingiram, mas nós temos a sorte de, por enquanto, termos alguma segurança”, afirma.
O português está sobretudo preocupado com a “lentidão” na criação de mais corredores humanitários. “Uma coisa que me tem atormentado é que estou a notar uma lentidão enorme em criar mais corredores humanitários para evacuar outras cidades que, neste momento, não estão em ataque e que poderão vir a estar, como a minha”, adianta.
O Secretário de Estado para a Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, revelou na segunda-feira que há neste momento “aproximadamente 30 portugueses na Ucrânia que querem sair” e garantiu que o Governo vai “encontrar soluções” para ajudar nessa saída.
“Estarão, aproximadamente, entre 35 e 40 que querem sair e os corredores humanitários podem ou devem ser a solução que permite a essas pessoas sair em caravanas humanitárias organizadas por instituições internacionais e que, chegando à fronteira, nós, naturalmente, vamos poder ajudar a chegar a Portugal e encontrar soluções”, sublinhou.

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