Preço do gás sobe mais de 10% após cortes à Polónia e Bulgária

Fornecedor russo Gazprom confirmou esta quarta-feira que suspendeu "por completo" o fornecimento de gás à Polónia e à Bulgária por recusarem o mecanismo criado para receber o pagamento em rublos.
Uma preocupação para o mercado da UE, bem como para os mercados globais de gás, é se a Rússia aumentará ainda mais, cortando o fornecimento para outros países europeus. Quase todos os compradores disseram que se recusarão a alterar as condições de pagamento, com exceção da Hungria. Embora na semana passada a Comissão Europeia tenha sugerido que, se os compradores europeus pagarem euros ou dólares numa conta do Gazprombank, não violaria necessariamente as sanções, desde que a obrigação termine neste momento e que os compradores não estejam envolvidos na conversão de euros ou dólares em rublos numa fase posterior. 
Independentemente disso, este último movimento da Rússia e o risco muito real de uma escalada ainda maior sugerem que os preços do gás na Europa permanecerão bem apoiados. Isso terá repercussões em outros mercados de gás, particularmente no mercado asiático. A Europa terá que competir cada vez mais com a Ásia pelo fornecimento flexível de GNL, o que manterá os preços spot asiáticos de GNL bem suportados.
O preço do gás natural para entrega em maio no mercado holandês sobe hoje mais de 10%, depois de a Rússia cortar o fornecimento à Polónia e à Bulgária por terem recusado o pagamento em rublos.
A meio da sessão, o gás natural TTF custa 108,8 euros por megawatt/hora (MWh), 10,79% acima do preço registado no encerramento da sessão anterior, segundo dados do mercado citados pela Efe.
Outros países consumidores de gás procedente da Rússia, como a Alemanha e a Áustria, indicaram que o abastecimento continua estável e que não foi afetado.
Fontes do grupo russo Gazprom citadas pela Bloomberg indicam que quatro compradores europeus de gás russo abriram contas especiais em rublos no Gazprombank e quatro já efetuaram os pagamentos em moeda russa.
O grupo russo confirmou esta quarta-feira que suspendeu "por completo" o fornecimento de gás à Polónia e à Bulgária por recusarem o mecanismo criado para receber o pagamento em rublos, na sequência das sanções impostas a Moscovo pela invasão da Ucrânia.
Posteriormente, Moscovo reiterou que haverá também interrupção para outros países se não aceitarem o novo mecanismo de pagamento em rublos.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a União Europeia (UE) tem planos de contingência para contornar eventuais cortes de gás por parte da Rússia.

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