Presidente da AMP duvida da viabilidade financeira da travessia fluvial Afurada-Ouro

O presidente da Área Metropolitana do Porto e da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, duvida da viabilidade financeira da travessia entre a Afurada e o Cais do Ouro, apontando ao investimento inicial de 1,2 milhões de euros.

"O nível de exigência legal para uma embarcação iniciar uma operação e um procedimento contratual é de tal ordem que eu não consigo antever, no estudo económico-financeiro, nenhuma viabilidade para uma travessia", disse esta sexta-feira o autarca aos jornalistas, no final da reunião dos autarcas metropolitanos.

Em causa está a travessia fluvial entre a Afurada, em Gaia, e o Cais do Ouro, no Porto, que se encontra suspensa desde 2020.

"Quando se lança um procedimento novo, toda essa bateria - às vezes exagerada - de questões técnicas que se põem tem que ser cumprida no caderno de encargos, e a consequência é muito evidente: nós não vamos ter concorrentes", vaticinou.

Eduardo Vítor Rodrigues disse que, segundo um estudo económico feito pela Câmara de Gaia e abordagens feitas pela AMP, "o problema começa por ser o investimento inicial", cifrado em cerca de 1,2 milhões de euros, numa embarcação que não pode ser a atualmente existente.

"Admito que o incremento turístico, o pós-covid venham a criar uma dinâmica de procura maior", abrindo a porta a "alguns ajustamentos" na operação, disse.

Contudo, criticou a legislação "mais papista que o papa" para uma travessia curta.

(In Porto Canal)