3 Jan 2023, 0:00
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As prestações dos empréstimos à habitação agravam-se este mês, sobretudo nos contratos indexados aos prazos mais longos da Euribor. No caso de um crédito de 150 mil euros, a 30 anos, com um spread de 1%, à taxa a seis meses, a despesa mensal aumenta 184,90 euros, face à última revisão em julho, passando a 678,60 euros.
A prestação da casa vai subir significativamente este mês nos contratos indexados à Euribor a três, seis e 12 meses, face às últimas revisões, segundo a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos.
Assim, um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses e com um "spread" (margem de lucro do banco) de 1%, passa a pagar a partir de agora 678,60 euros, o que traduz uma subida de 184,90 euros face à última revisão em julho - um valor ligeiramente inferior ao agravamento registado nos contratos que renovaram em dezembro.
Já no caso de um empréstimo nas mesmas condições (valor e prazo de amortização), mas indexado à Euribor a três meses, o cliente passa a pagar 637,60 euros, mais 82,35 euros.
Estes valores foram calculados tendo em conta as médias da Euribor no mês de dezembro de 2,5601% a seis meses e de 2,064% a três meses.
Já nos empréstimos indexados à Euribor a 12 meses, a prestação da casa - para um empréstimo nas condições referidas - será de 717,68 euros a partir deste mês de janeiro, um agravamento de 269,03 euros face ao que pagava desde o mesmo mês de 2022.
A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.
Após vários anos em terreno negativo, as Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro.