Primavera Sound está de regresso ao Parque da Cidade

O festival Primavera Sound regressa ao Parque da Cidade, no Porto, entre os dias 6, 7 e 8 de junho.

Na 11.ª edição do Primavera Sound Porto, o diretor do festival, José Barreiro, destaca do cartaz, em primeiro lugar, o regresso de Lana Del Rey aos palcos nacionais. “Há mais de um mês que estão os bilhetes esgotados para esse dia, também por causa de Justice”, referiu em declarações à Lusa.

A cantora norte-americana, que editará em setembro um novo álbum, e a dupla francesa atuam na sexta-feira, dia que inclui também Lambchop, The Last Dinner Party, Wolf Eyes, The Legendary Tigerman, Classe Crua e Samuel Úria, entre outros.

Segundo o Porto Canal, José Barreiro recordou que juntar “artistas consagrados com bandas que têm um potencial de crescimento enorme para os próximos anos” faz parte do ADN do Primavera Sound Porto, e que “a paridade entre homens e mulheres no cartaz é uma preocupação da organização”.

“Mais uma vez temos um cartaz que acho que é maioritariamente feminino”, referiu.

Para isso contribuem as cabeças de cartaz do primeiro dia, três mulheres: SZA, PJ Harvey e Mitski.

“Quando começámos isto [de tentar garantir paridade no cartaz] em 2017 era arriscado fazê-lo. O futuro veio dar-nos razão, porque neste momento é muito mais fácil [ter um cartaz paritário]. As grandes campeãs de vendas da indústria atualmente são mulheres”, afirmou José Barreiro.

Na quinta-feira, além de SZA, PJ Harvey e Mitski, atuam também no festival Amyl and The Sniffers, Royel Otis, Blonde Redhead, Ana Lua Caiano e Amaura, ente outros.

Este ano, a tarefa de encerrar o Primavera Sound Porto fica a cargo dos Pulp e The National, num dia que inclui uma homenagem ao músico e produtor norte-americano Steve Albini, que morreu em 8 de maio e esteve em todas as edições do festival com Shellac. No sábado atuam também, entre outros, Arca, Billy Woods, Expresso Transatlântico, Conjunto Corona, Joana Stenberg e Best Youth, divulga o mesmo órgão de comunicação.

Este ano, as bandas e artistas distribuem-se por quatro palcos e não cinco.

Essa é, aliás, “a única alteração de realce” no recinto. “Deixámos de fazer o palco Beats, o palco eletrónico, que fazíamos nuns pavilhões anexos ao Parque da Cidade”, referiu José Barreiro.

A organização deixou de poder alugar os pavilhões ao Sport Club do Porto, algo que “inviabilizou a elaboração de uma programação eletrónica, porque todas as soluções encontradas, a nível de ruído, iriam afetar muito a cidade de Matosinhos e a cidade do Porto”.

“As alterações do ano passado queremos testá-las este ano”, afirmou José Barreiro esta semana à Lusa, salientando que “o ano passado não é exemplo por causa da depressão Óscar, que afetou imenso o festival e transformou relvados em lamaçais”.

Apesar de as previsões meteorológicas para a edição deste ano serem boas, ao longo do ano a organização fez intervenções no recinto.

“Fizemos obras que absorvem muito mais a água. Poços sumidouros, que absorvem a água injetando-a no subsolo e não à superfície. Apesar de estarmos mais preparados em caso de intempérie, esperemos que não seja necessário testar isso este ano”, referiu o diretor do festival.

Embora ainda haja passes de três dias à venda, José Barreiro conta, “até abrir portas, esgotar o festival, via fidelização de público e renovação de gerações”.

A lotação máxima por dia são 40 mil pessoas e os estrangeiros “representam mais de 50% das pessoas que compram passe”.

A maioria dos compradores estrangeiros chegam de Espanha e do Reino Unido, mas nos últimos anos a organização tem assistido a um interesse crescente de norte-americanos pelo festival.

“Temos assistido nos últimos anos e confirmamos este ano o crescimento para o mercado norte-americano. Vamos ter cerca de mil norte-americanos no festival, o que é sinal de reconhecimento”, disse.

Nesta edição haverá um novo formato de restauração no qual os chefs do Porto poderão dar a provar algumas das suas especialidades. Mesmo no coração da área de restauração, o Primavera Sound Porto inaugurará o seu próprio stand, o Cinco, este concentra cinco propostas gastronómicas de cinco dos melhores chefs do grande Porto.

 

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