20 Jan 2022, 0:00
131
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou 0,6% em dezembro, face a novembro, interrompendo um ciclo de oito meses consecutivos de descidas, e diminuiu 13,5% em termos homólogos, informa esta quinta-feira o IEFP.
Segundo dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), no fim de dezembro estavam registados nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas 347.959 desempregados, mais 6% do que em novembro (+2.075 pessoas) e menos 13,5% que em dezembro de 2020 (-54.295 pessoas).
De acordo com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, “é habitual existir um aumento do desemprego registado entre novembro e dezembro – desde 2008, isso ocorreu em 10 anos num total de 14”.
Em novembro, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego tinha registando a oitava descida mensal consecutiva, o que, segundo o IEFP, não acontecia desde 2003.
Segundo os dados divulgados, o número de desempregados inscritos em dezembro representa 66,2% de um total de 525.872 pedidos de emprego.
Segundo o instituto, para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2020, na variação absoluta, “contribuíram, com destaque, os grupos dos indivíduos que estão inscritos há menos de um ano (-75.376), os indivíduos que procuram novo emprego (-52.366) e os com idade igual ou superior a 25 anos (-42.064)”.
O desemprego jovem (pessoas com menos de 25 anos) regista uma diminuição de 5,1% em dezembro face a novembro (-1.952 pessoas) para 36.157 jovens, e de -25,3% (12,2 mil pessoas) face ao período homólogo.
Quanto aos desempregados de longa duração, somaram 171.074, uma diminuição de 0,5% entre novembro e dezembro (-844 pessoas).
A nível regional, no mês de dezembro de 2021, o desemprego registado no país, em termos homólogos, diminuiu em todas as regiões, com destaque para as regiões do Algarve (-21,5%) e da região autónoma da Madeira (-28,0%).
Em relação ao mês anterior, à exceção das regiões Alentejo (+3,2%), Algarve (+10,4% e Açores (+0,9%), as restantes regiões apresentam decréscimos no desemprego.
Em termos setoriais, o desemprego desceu em termos homólogos na generalidade dos setores de atividade, agrícolas e industriais e serviços.
Considerando os grupos profissionais dos desempregados registados no Continente, salientam-se como os mais representativos, por ordem decrescente: “Trabalhadores não qualificados” (25,5%); “Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores” (21,2%); “Pessoal administrativo” (11,6%) e “Especialistas das atividades intelectuais e científicas” (10,7%).