21 May 2024, 7:59
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Meia centena de docentes e trabalhadores não docentes da Universidade do Porto e do Politécnico do Porto apelaram, na segunda-feira, numa carta aberta, à não utilização de meios policiais contra os estudantes pró-palestina em protesto na Faculdade de Ciências, avança o Noticias ao Minuto.
Os subscritores expressam a sua “solidariedade para com os estudantes em luta contra o genocídio em curso na Palestina”, é possível ler-se no documento.
O pessoal docente e não docente que assinou a petição pede que “não sejam utilizadas, contra os estudantes, e nas [suas] faculdades, meios policiais ou qualquer tipo de intervenção que os vise expulsar de um espaço que é seu”, e defendem ainda que “o caminho a seguir é o da negociação aberta e transparente” entre os estudantes e os órgãos dirigentes das instituições.
Segundo o Porto Canal, os subscritores exigem ainda que a UP “rompa imediatamente todas as relações que mantém com instituições e empresas israelitas”, condene o “genocídio na Palestina”, e que utilize “a sua influência” para instar a Câmara Municipal do Porto e o governo português a “condenar as atrocidades cometidas pelo estado colonial de Israel”.
Na quarta-feira os estudantes concentraram-se na Faculdade de Belas Artes e decidiram prosseguir com o protesto na Faculdade de Ciências, onde colocaram tendas de campismo para se abrigarem durante a noite rodeadas de bandeiras da Palestina, velas e faixas com frases como: “Solidariedade proletária por uma Palestina Livre”, “Israel não é uma democracia, Israel é um país terrorista” e “A revolução começa aqui”.