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O Primeiro de Janeiro

13 Jun 2025, 8:04

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Projeto pioneiro lança 124 novas habitações a rendas acessíveis na cidade

O Município do Porto vai avançar com um projeto habitacional pioneiro, que representa o primeiro grande acordo "Build to Rent" no país, resultando na criação de 124 fogos com rendas acessíveis destinadas a famílias da classe média. O empreendimento será desenvolvido na freguesia de Campanhã, uma das zonas da cidade com maior potencial de regeneração urbana, e concretiza-se através de uma parceria entre a autarquia e o Grupo Ageas.

Este modelo inovador de promoção habitacional assenta numa lógica de colaboração entre o setor público e privado. Ao abrigo do acordo, as habitações serão disponibilizadas com rendas significativamente abaixo do valor de mercado, por um período mínimo de dez anos. As tipologias disponíveis incluem dois fogos T0, 36 T1, 71 T2 e 15 T3, com rendas mensais que variam entre os 525 e os 950 euros.

Dentro da Política Municipal de Habitação, esta solução visa acrescentar mais uma resposta à crescente dificuldade que a classe média tem em aceder a habitação a preços compatíveis com os rendimentos atuais. O investimento fica a cargo do grupo privado, sem resultar deste acordo qualquer encargo para o Município do Porto, uma vez que o valor mensal das rendas será direta e proporcionalmente suportado pelo valor a pagar pelos subarrendatários.

A concretização deste empreendimento decorre no âmbito da atualização do programa municipal "Porto com Sentido", que acomodará alterações da legislação nacional, nomeadamente em matéria de arrendamento acessível e simplex urbanístico. Neste contexto, o projeto será apresentado e discutido na reunião do Executivo municipal, no próximo dia 16 de junho.

Para o presidente da Câmara do Porto, "este é um projeto inovador, em que fica provado que é possível envolver uma entidade pública, como o Município, e uma entidade privada, neste caso o Grupo Ageas Portugal, para criar valor para a cidade e para os cidadãos, mais concretamente".

Acresce que "o único encargo a suportar pela autarquia diz respeito aos eventuais subsídios que vierem a ser atribuídos e que se estima que representem 160 mil euros por ano". "Este subsídio, que na fase inicial do 'Porto com Sentido' poderia chegar a 30% da renda, hoje chega, nalguns casos, a atingir os 50%, servindo o propósito de amenizar, ainda mais, o valor pago pelos inquilinos", clarifica Rui Moreira.

Esta é uma parceria com a qual o diretor-geral do Grupo Ageas Portugal também se congratula. "O Jardins do Oriente, no Porto, é o primeiro projeto de investimento privado em larga escala de arrendamento acessível em Portugal", sublinha Luís Menezes, certo de que se trata "de um investimento com impacto real na comunidade e, como sabemos, são projetos destes que fazem a diferença na vida das pessoas".

O responsável do grupo assume que "este passo reforça o nosso posicionamento enquanto investidor responsável e sustentável, com foco no pilar 'S' de ESG, esperando que o sucesso deste projeto possa alavancar mais investimento em habitação acessível".

Pela Garcia Garcia, o administrador da construtora considera que o projeto com a Câmara do Porto "representa um marco importante na nossa atuação no setor da habitação, pela sua natureza inovadora e pelo impacto social que acarreta".

"Contribuir para uma solução concreta de acesso à habitação para a classe média, numa lógica de parceria público-privada, reflete o nosso compromisso com a construção de cidades mais inclusivas e sustentáveis", reforça Miguel Garcia, admitindo o "orgulho com que integramos esta iniciativa pioneira no país, sendo um exemplo de como o setor privado pode contribuir ativamente para responder aos desafios habitacionais das cidades e estar ao serviço da comunidade".

Com esta parceria com o Grupo Ageas Portugal, o Município do Porto dá mais um passo decisivo na diversificação da oferta habitacional e na implementação de políticas públicas modernas, capazes de responder às transformações demográficas e sociais da cidade. Campanhã assume-se, assim e cada vez mais, como símbolo de uma nova geração de soluções urbanas.

 

Fonte/Foto: CM Porto

 

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