Reabilitação urbana em Azevedo de Campanhã aprovada pela AMP

A Assembleia Municipal do Porto aprovou, com a abstenção da CDU, o Programa Estratégico de Reabilitação Urbana (ORU) a desenvolver nos próximos 10 anos em Azevedo (Campanhã), na zona oriental da cidade. Na mesma reunião, realizada esta segunda-feira à noite, foram também aprovadas, por maioria, a delimitação de seis Áreas de Reabilitação Urbana (ARU): Baixa, Bonfim, Massarelos, Lapa, Foz Velha e Lordelo do Ouro.

O Programa Estratégico de Reabilitação Urbana para Azevedo (Campanhã) prevê investimentos públicos e privados nas áreas do ambiente, mobilidade, equipamentos, infraestruturas e espaço público.

Refutando críticas da oposição, em especial do PS – "nos últimos 20 anos, há o parque oriental da cidade que está em desenvolvimento, mas não houve mais nada", referiu o deputado socialista Alfredo Fontinha -, o presidente da Câmara Municipal deu exemplos de alguns dos investimentos feitos pelo município, como na Travessa da Levada, e a ação levada a cabo para impedir o encerramento do centro de saúde, cuja reabilitação vai ser financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). "Podemos olhar ao que ainda não foi feito, mas prefiro pensar no que foi feito", referiu Rui Moreira.

 

Também em resposta ao deputado da CDU Rui Sá, o presidente da Câmara assumiu estar, sobretudo, preocupado com a futura linha de metro Souto - Dragão e com o "enorme impacto" que esta pode vir a ter naquela zona e no Parque Oriental. "A inserção da linha tem de ser feita com muito cuidado. Esperamos não ser convidados para ver o produto concluído, mas sermos ouvidos", frisou, apelando ao empenho da Assembleia Municipal, que recentemente criou uma comissão para acompanhar as empreitadas da Metro do Porto e Infraestruturas de Portugal (IP) na cidade.

Ainda sem programação definida, a nova linha do metro prevê a criação das estações de Hospital e Lagoa, em Gondomar, e uma estação junto ao bairro do Lagarteiro, perto da entrada do Parque Oriental, no Porto.

Refutando igualmente o diagnóstico feito pelo BE, Rui Moreira defendeu a necessidade de Azevedo ter "novas atividades e novos moradores".

Durante o debate, o deputado do movimento independente "Rui Moreira: Aqui Há Porto", Raul Almeida, destacou que a ORU de Azevedo "confirma a aposta do Executivo na zona Oriental da cidade", bem como "a vontade de construir".

Já o socialista Alfredo Fontinha disse esperar que o programa estratégico "se concretize o mais rapidamente possível", defendendo que Azevedo de Campanhã "é um lugar recôndito da cidade" que "os portuenses mal conhecem".

Por seu turno, o social-democrata Manuel Monteiro considerou que programa estratégico pretende "tornar Campanhã num espaço urbano, socialmente equilibrado", mas também "inverter a quebra de população". "Azevedo é um território com paisagem de tradição rural ainda viva. Com esta reabilitação, tornar-se-á numa área da cidade interessante", observou.

Pela CDU, o deputado Rui Sá considerou positiva a ORU de Azevedo, mas disse ter dúvidas com algumas das opções apresentadas no programa, como a criação de apenas uma estação para acomodar a nova linha do metro que ligará o centro de Gondomar (Souto) à estação do Dragão. "Acreditamos que deveria ser ponderada uma outra estação", referiu, dizendo, no entanto, concordar com a construção de um conjunto de equipamentos e alguns reperfilamentos de vias.

A deputada do BE Elisabete Carvalho destacou algumas das intervenções previstas no programa, como novas vias de acesso, o centro de saúde e as operações para as margens do rio Torto, mas disse esperar que aquela zona não se transforme "em mais um paraíso turístico" na cidade.

Já o deputado do PAN, Paulo Vieira de Castro, destacou a necessidade de "repensar as infraestruturas de forma sustentada" e pensar o território de Azevedo "com base numa estratégia urbana".

A par da ORU de Azevedo, a Assembleia Municipal aprovou, por maioria, a delimitação de seis Áreas de Reabilitação Urbana (ARU): Baixa, Bonfim, Massarelos, Lapa, Foz Velha e Lordelo do Ouro.

 

Entretanto, no início da sessão extraordinária, o BE apresentou um voto de pesar pelo falecimento do investigador internacionalmente reconhecido na área de genética populacional e forense António Amorim, que mereceu aprovação unânime.

António Amorim faleceu no passado dia 11, aos 71 anos. Natural do Porto, licenciou-se e doutorou-se em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), instituição onde lecionou durante mais de 40 anos. Teve a seu cargo diversas unidades curriculares, foi diretor do Doutoramento em Biologia da FCUP, do pioneiro Programa Doutoral em Biologia Básica e Aplicada (GABBA) da Universidade do Porto, do Mestrado em Genética Humana Aplicada e do Mestrado em Genética Forense da FCUP, este último durante quase uma década. Em 2023 foi-lhe concedido o título de Professor Emérito da Universidade do Porto.

 

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