21 Dec 2023, 0:00
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“Nós não perdemos tempo”, afirmou o autarca, no final da reunião, onde também estiveram o chefe de gabinete, Vasco Ribeiro, e o adjuto do presidente para a área dos transportes, André Brochado. Recorde-se que o Município do Porto assegurou, no início de dezembro, o serviço de transporte rodoviário de passageiros entre Porto e Braga, cuja autorização provisória, emitida pela AMP, terminou no final de novembro, antes deste passar a ser gerido pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado.
O presidente da Câmara confirmou que a comissão “nos chamou a atenção de que havia um iato durante a hora de almoço, que causava dificuldades a várias pessoas”.
Além disso, o Município vai assegurar a redução de 50% no valor dos passes para quem for portador do cartão Porto. “De vez em quando, ouve-se falar em números fantasiosos”, refere Rui Moreira, estimando que “esta operação que estamos a fazer com a CIM e com Braga possa custar ao Porto, por ano, qualquer coisa como 30 mil euros”, que o autarca considera “um montante perfeitamente comportável”.
A medida será reavaliada com o Município de Braga ao fim de seis meses, de forma a que “possamos perceber se, em função desta nova oferta, vai haver mais procura”. Se houver, a Câmara do Porto está “disponível para reavaliar os meios disponíveis”.
No final da reunião, a representante da Comissão de Utentes da Linha Braga-Porto via A3 sublinhou "o cuidado que o Município do Porto teve connosco, em parceria com o Município de Braga, na reposição da linha”.
Confirmada, igualmente, a reposição de “um horário de ida e volta que era importante”, no período de almoço, Diana Vilar não deixou de referir que “se houvesse mais oferta, seria excelente porque, efetivamente, a procura é muita” e há pessoas que “foram optando por outros transportes”.
Do Porto a Braga num processo mais acelerado
Dessa grande procura pela Linha Porto-Braga, faz parte João Restivo. A viver na Invicta, o investigador faz deslocações diárias até ao Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, na cidade bracarense, onde trabalha, e confirma que “quando soubemos que a linha ia ser suprimida suspensa, que foi extremamente repentino, ficámos sem alternativa que não fosse a viatura própria, com um custo muito mais elevado”.
No final da reunião com o presidente da Câmara do Porto, João Restivo enalteceu a resposta do município portuense, que permitiu “acelerar o processo”, porque “outras instituições que estavam envolvidas estavam a demorar muito a resolver” a questão.
“Achávamos que ia demorar semanas ou meses, e ficou resolvido num par de dias”, reconhece João Restivo, assim como a questão “já antiga” do preço dos passes para os residentes no Porto, “que era o dobro dos munícipes bracarenses, que já tinha o apoio da Câmara de Braga”.