4 Oct 2022, 0:00
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Ricardo Maia, responsável do departamento de Comunicação Corporativa do Benfica, afirmou na manhã desta terça-feira que “não consegue estabelecer relação” entre a performance desportiva antes e depois da divulgação dos e-mails do clube da Luz. O clube venceu quatro campeonatos nos cinco anteriores à divulgação dos e-mails e um nos cinco posteriores.
Questionado sobre a frase que o implica no caso dos e-mails - “mandar lá a A Bola”, com o intuito de cobrir um evento do interesse do Benfica -, e se isso significava que tinha um ascendente sobre a agenda editorial sobre o jornal, o assessor disse não saber responder. Ricardo Maia reconheceu, no entanto, que o jornal A Bola foi efetivamente cobrir o evento, justificando que “mandar lá” um jornal não é uma expressão corriqueira no mundo da comunicação.
Ricardo Maia reconheceu ainda que foram divulgadas práticas a que os patrocinadores não querem estar associados e que essas revelações, a par das buscas, afetaram a reputação do Benfica.
O assessor do Benfica disse ainda que o impacto na comunicação social foi “brutal” e que houve trabalho jornalístico feito com rigor e isenção com base nos mails em vários meios de comunicação social, tanto portugueses como estrangeiros, dando como exemplo o The New York Times.
Interesse público das revelações defendido em Tribunal
Na sessão desta terça-feira, foram ainda ouvidos Manuel Tavares, Diretor-Geral da FC Porto Media, e Tiago Girão, Diretor de Informação e Programas e, à data, apresentador do programa Universo Porto da Bancada. Ambas as testemunhas reforçaram o "interesse público" das revelações.