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O Primeiro de Janeiro

1 Jul 2025, 7:50

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Rua de Costa Cabral com lombas redutoras para a segurança rodoviária

Reconhecendo a segurança rodoviária como o foco central para uma intervenção na Rua de Costa Cabral, a Câmara do Porto vai avançar com a instalação de almofadas redutoras de velocidade de forma a diminuir o número de acidentes naquela artéria. Recomendação consta do estudo encomendado pelo Município e assume-se como uma medida de mitigação, enquanto não avança a abertura do arruamento paralelo que permita desviar a circulação daquela via fundamental para o transporte público na zona.

Ainda que o estudo tenha concluído que "não existe um problema de incumprimento de velocidade excessiva naquele arruamento" (foi apenas encontrado um caso em quase cinco mil medições efetuadas), o vereador do Urbanismo e Espaço Público afirma que a autarquia vai avançar com "com medidas de urbanismo tático, de obstáculos à velocidade e de aumento das condições de segurança do arruamento".

"Percebendo a sensibilidade que aquele território acarreta, tendo em consideração que temos ali focos de pressão pedonal, temos clubes desportivos, escolas, etc., a Câmara vai implementar um conjunto de medidas mitigadoras da velocidade, apesar de não se terem verificado incumprimentos nos limites legais", assegurou Pedro Baganha, no final da reunião de Executivo desta segunda-feira.

A Rua de Costa Cabral apresenta muitos cruzamentos com sinalização luminosa, troços com pilaretes a dividir as vias ou com traço contínuo e um grande número de viaturas em infração no período diurno que dificultam a ocorrência de excesso de velocidade.

A implementação das almofadas redutoras será concretizada no tramo entre a Praça do Marquês e a Rua de Álvaro Castelões e junto à interseção com a Rua de Luís Woodhouse.

Certo de que uma "solução estrutural, que permitirá resolver, definitivamente, o problema de Costa Cabral, pelo menos no primeiro troço, só será possível de implementar a partir do momento em que seja construída uma rua paralela", o vereador volta a lembrar que a nova artéria só será uma realidade quando avançarem os projetos urbanísticos que para ali estão perspetivados, em dois terrenos privados.

Ora, sublinha Pedro Baganha, se "num deles o loteamento já está aprovado, no outro a operação urbanística não está sequer a decorrer".

Questionado sobre alternativas para que o transporte público seja desviado da Rua de Costa Cabral antes desta solução, o vereador garantiu que os testes já foram feitos, mas, "fisicamente, é impossível fazermos circular os autocarros pelo arruamento existente a poente".

"Por isso, é que precisamos de um arruamento novo para resolver o problema de forma estrutural. É uma questão de gestão de espaço público", concluiu Pedro Baganha.

Reconhecendo a relevância de "tomar todas as medidas preventivas que possam fazer algum controlo", e certa de que outras propostas com caráter mais definitivo, “mas que vão demorar tempo a ser concretizadas, Rosário Gamboa, do PS, sublinha a continuação "do diálogo com as pessoas, em concertação de soluções, enquanto não há uma mais robusta, estruturante".

Pelo PSD, Mariana Ferreira Macedo enaltece, igualmente, "o diálogo" que a Câmara tem assumido com as partes com "interesses conflituantes", assim como os esforços que vêm sendo feitos "para diminuir a velocidade".

"Há uma perceção diferente do que acontece na realidade, mas isso não retira a gravidade da situação. Vai ser fundamental a nova operação urbanística, essa, sim, vai aliviar a mobilidade e resolver a questão", sublinha a vereadora.

Sobre esta solução, a vereadora da CDU reclama o facto de se tornar uma realidade "daqui a anos", assim como aquilo que considera uma “comunicação muito diminuta com os moradores, pais e comerciantes”.

Para Joana Rodrigues, o estudo "aponta para medidas muito redutoras para a solução que seria necessária" e uma "intervenção mais atenta e permanente" da polícia, que deveria fazer parte das medidas mais urgentes.

Defendendo que "está a faltar mais diálogo com as pessoas no terreno", Sérgio Aires reconhece que "pelo menos este primeiro passo das almofadas redutoras vai ser dado e é importante porque a segurança rodoviária é um dos principais problemas" da Rua de Costa Cabral.

"É verdade que é difícil encontrar consensos, mas alguma coisa vai ter que ser feita para atenuar o problema porque a alternativa é de longuíssimo prazo", considera o vereador do Bloco de Esquerda.

Sob recomendação do Bloco de Esquerda, o Executivo aprovou, por unanimidade, comunicar ao Governo a oposição ao encerramento de Serviços de Finanças na cidade, "advogando pela manutenção da estrutura de atendimento atual e pela contratação dos trabalhadores reconhecidamente em falta nestes serviços".

Em causa está o fecho, confirmado pelo Ministério das Finanças, do serviço na Avenida de Fernão de Magalhães, que serve a freguesia de Paranhos. O objetivo será juntar este ao Serviço de Finanças de Ramalde. "Esta fusão implica juntar as duas freguesias mais populosas da cidade e uma redução na qualidade dos serviços de cerca de 85 mil residentes da cidade", sublinha o Bloco de Esquerda.

Na mesma reunião, ainda durante o período antes da Ordem do Dia, o Executivo aceitou a suspensão do mandato da vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, que, por "indicação médica e razões de saúde" estará afastada até ao final de agosto.

 

Fonte/Foto: CM Porto

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