25 Oct 2022, 0:00
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Em reunião de segunda-feira, da Câmara do Porto, Rui Moreira disse concordar com a reavaliação da missão da Casa da Música, nomeadamente o seu modelo de governação, mas rejeitou que o equipamento seja transformado num instituto público nacional. "Estou muito preocupado quando vejo que há gente que quer que a Casa da Música seja nacionalizada e entregue ao centralismo. O presidente da Câmara do Porto não quer. Esta é a minha posição e tudo farei para salvaguardar a Casa da Música", sublinhou Rui Moreira.
"Há uma coisa que não quero, e quero deixar isto absolutamente claro: nós não queremos que a Casa da Música passe a ser um instituto público nacional. Isso vai matar a Casa da Música. Para o presidente da Câmara, a posição é muito simples: mais vale a Casa da Música ser como é, com os seus defeitos, do que um instituto. Se for um instituto sabem como acaba? Como o IAPMEI [Agência para a Competitividade e Inovação]. Não queremos que a Casa da Música seja um IAPMEI", reforçou.
O presidente da Câmara do Porto falou sobre a Casa da Música, após terem surgido perguntas, na reunião camarária, relativas às notícias publicadas na imprensa a dar conta que a Casa da Música está a ser investigada por alegadas irregularidades, que terão favorecido mecenas.
"Li aquilo que foi escrito na Comunicação Social. Sendo uma coisa que está em segredo de justiça, e não fazendo eu parte de páginas anónimas, não posso dizer coisa nenhuma", respondeu o presidente da Câmara do Porto, adiantando que "até agora não houve nenhum contacto do Conselho de Administração".
A propósito, o autarca revelou que está de acordo com o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, quanto a reavaliar o modelo funcional e a missão da Casa da Música.