20 Feb 2022, 0:00
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Numa carta enviada a António Costa, Michael O'Leary alerta que se a TAP continuar a bloquear slots, a Ryanair terá de despedir 150 trabalhadores.
Continua a revolta da Ryanair pelos slots não utilizados que a TAP mantém no aeroporto de Lisboa. Depois de anunciar que estima o cancelamento de 20 rotas na capital portuguesa, o CEO da empresa de baixo custo ameaça cortar 150 postos de trabalho se o Governo não tomar medidas.
“Peço que instiguem a TAP a libertar os 18 slots diários — que a TAP não pode e não vai utilizar no verão de 2022 — à Ryanair, para que possamos manter os nossos sete aviões em Lisboa este verão e evitar o encerramento de 22 rotas e o perda de mais de 150 postos de trabalho, entre pilotos e tripulantes de cabina", lê-se no documento assinado por Michael O'Leary.
A empresa irlandesa vem aumentando a conscientização sobre esse problema de slot há meses. “Se [o primeiro-ministro] apoiar esta iniciativa [de libertar slots], e se a TAP libertar este pequeno número de slots diários (menos de 2% do total que tem), então a Ryanair vai continuar a investir nos sete aviões em Lisboa no verão de 2022. Com estes slots, transportaremos mais um milhão de passageiros para Lisboa e Portugal no verão”, afirma o CEO.
Além disso, “com estas vagas”, continua o responsável, a empresa irlandesa vai “aumentar o número de empregos bem remunerados que foram criados para pilotos, tripulantes e engenheiros em Lisboa”.
“Se [António Costa] se recusar a agir, e a TAP continuar a bloquear slots, que não podem e não serão utilizados, a Ryanair será obrigada a retirar três aviões de Lisboa este verão e transferi-los para outros países da UE. E seremos obrigados a suspender temporariamente 20 rotas a partir de Lisboa este verão, resultando na perda de 150 postos de trabalho”, lê-se na carta.