14 Jun 2024, 7:36
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Magnus Andersson está de regresso ao FC Porto para treinar a equipa de andebol em 2024/25. O técnico de 58 anos, que em 2018/19 comandou o clube à primeira dobradinha da história e, em cinco anos, até 2023, conquistou quatro Campeonatos Nacionais, duas Taças de Portugal e duas Supertaças, volta agora ao Dragão Arena com um contrato válido até 2027 e será apresentado às 11h00, numa cerimónia com transmissão em direto e exclusivo no Porto Canal e na FC Porto TV. Ao seu lado no banco, terá Carlos Martingo, que retorna a casa após uma curta experiência no Önnereds HK (Suécia).
O sueco chegou à Invicta há seis anos com um largo palmarés internacional enquanto jogador: fez parte dos chamados “Bengan Boys”, orientados por Bengt Johansson, que preencheram a sala de troféus dos nórdicos entre 1990 e 2002 com dois Campeonatos do Mundo, quatro Campeonatos da Europa e três medalhas de prata em Jogos Olímpicos, e foi ainda distinguido como o melhor central no Europeu realizado em Portugal, em 1994. Os créditos firmados enquanto responsável máximo no banco de suplentes foram atestados por um palmarés com duas Ligas e uma Taça na Dinamarca, uma Liga na Suécia e duas Taças EHF, a última das quais conquistadas no ano anterior ao ingresso no FC Porto.
Não foi, por isso, uma surpresa a ascensão europeia do clube, que arrebatou os adeptos com triunfos contra os maiores tubarões da modalidade. Tudo começou com a vitória épica no Dragão Arena sobre os alemães do Magdeburgo, um emblema histórico com um dos mais ricos palmarés a nível nacional, europeu e mundial, que qualificou os portistas para a fase de grupos da Taça EHF de 2018/19. A caminhada na prova levou-os até à Final 4 de Kiel (Alemanha), de onde saíram no terceiro posto.
Seguiram-se prestações históricas na Liga dos Campeões. Em três épocas consecutivas (2019/20, 2020/21 e 2021/22), o FC Porto atingiu os oitavos de final da mais prestigiante competição de clubes. No primeiro ano, foi travado pela covid-19 quando se preparava para defrontar o Aalborg; no segundo, ficou pelo caminho após empatar a 56 no agregado das duas mãos frente ao conjunto dinamarquês - os do Norte da Europa seguiram em frente devido ao número de golos marcados fora de casa -, que chegou à final da prova; no terceiro, um empate em casa diante do Montpellier comprometeu as aspirações para o jogo de França, de onde saiu derrotado.
“Antes de mais, estou muito entusiasmado por regressar ao FC Porto. Quando fui contactado, fiquei em choque, mas fiquei feliz. Aqui sempre me senti em casa, é a minha segunda casa. Juntamente com os nossos adeptos, que são fantásticos, fizemos grandes coisas. Estou muito entusiasmado para começar a trabalhar e espero que possamos trazer mais troféus para o clube no futuro. Prometo que vou trabalhar muito e que vou melhorar o meu português no futuro.”
“Quando estive aqui, tivemos grandes equipas, grandes jogadores e uma grande personalidade. Isso é fundamental. Espero que voltemos a ser felizes juntos, que vinguemos esta época e que possamos voltar a conquistar títulos. É para isso que estou aqui e o desafio não me assusta. Vamos trabalhar duro todos juntos para termos um futuro de sucesso.”
“Se começarmos a pensar no que conquistámos no passado, vamos ter problemas. Temos de olhar sempre para a frente e o futuro é que é importante. Tudo o que fizemos no passado é bom, mas o que importa agora é o que podemos conquistar no futuro”, declarou o treinador sueco.