Tribunal quer ouvir deputado Pinto Moreira por suspeita de corrupção passiva e prevaricação

O Tribunal Judicial da Comarca do Porto solicitou à Assembleia da República o levantamento da imunidade parlamentar do deputado do PSD Joaquim Pinto Moreira pela “alegada prática” de quatro crimes, entre os quais corrupção passiva e prevaricação.

O parecer da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados, noticiado pelo Expresso, e ao qual a agência Lusa teve acesso, será votado hoje em reunião desta comissão e indica que o juiz pede autorização ao parlamento para que Pinto Moreira seja constituído “como arguido e interrogado como tal”.

Em causa, segundo o relatório do parecer, está a alegada prática de crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, prevaricação e tráfico de influência e o crime de abuso de poderes.

O documento do parlamento refere que “a três dos quatros crimes alegadamente praticados corresponde uma moldura penal com limite máximo superior a três anos”, pelo que, segundo a Constituição e os Estatuto dos Deputados, o levantamento da imunidade parlamentar é obrigatório.

“Tendo em conta o supra exposto, nunca esquecendo que a esta comissão não compete pronunciar-se e nem sequer analisar a questão de fundo, forçoso será de se concluir que a Assembleia da República está obrigada a autorizar o levantamento da imunidade parlamentar”, refere o parecer que terá ainda de ser votado em plenário.

Em 30 de janeiro, quando foi conhecido o pedido de levantamento da imunidade, o deputado do PSD Joaquim Pinto Moreira anunciou que iria pedir a suspensão do mandato, mas disse que tal não representava “qualquer admissão de culpa”.

Este processo prende-se com a operação Vórtex, no âmbito da qual a residência de Joaquim Pinto Moreira, ex-presidente da Câmara Municipal de Espinho entre 2009 e 2021, foi alvo de buscas e o seu computador e telemóvel foram apreendidos.

Esta operação resultou na detenção do então presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS), – que entretanto renunciou ao mandato -, de um funcionário desta e três empresários por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências.

Partilhar nas redes sociais

Últimas Notícias
Miguel Corte-Real anuncia a sua candidatura à Câmara do Porto
30/06/2025
Volta a Portugal Feminina parte do Porto dia 2 de julho
30/06/2025
Voluntariado: fermento de um mundo novo
27/06/2025
Rui Moreira liderou debate com candidatos à Câmara Municipal do Porto
27/06/2025
Passeio das Virtudes com melhoria na mobilidade e novo sentido de circulação
27/06/2025
Pedro Duarte recebido por Moreira na Câmara do Porto
27/06/2025
FC Porto é Bicampeão Nacional de hóquei patins 22 anos depois
26/06/2025
Torneio de polo aquático está de regresso ao Porto com atletas de cinco países
26/06/2025
Miguel Corte-Real anuncia a sua candidatura à Câmara do Porto
30/06/2025
Volta a Portugal Feminina parte do Porto dia 2 de julho
30/06/2025