14 Feb 2022, 0:00
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A Associação dos Ucranianos em Portugal afirmou estar “muito preocupada” com a ameaça de invasão russa da Ucrânia.
"Estamos agora a viver uma situação de terror e, por isso, queremos alertar todo o mundo, incluindo Portugal e a sociedade portuguesa, que o mundo deve ajudar os ucranianos agora a defenderem-se desta ameaça”, disse o presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha.
Destacando que vivem em Portugal cerca de 40.000 a 50.000 cidadãos ucranianos, dos quais 28.000 têm autorização de residência e entre 15.000 e 20.000 já têm nacionalidade portuguesa, Pavlo Sadokha disse que a comunidade ucraniana em território português está a pensar acolher familiares que vivem na Ucrânia.
“Todos nós temos famílias lá [na Ucrânia], por exemplo, eu tenho meus pais e minha irmã, e conversamos todos os dias, duas ou três vezes por dia, sobre o que vamos fazer. Estou pronto para ir buscá-los aqui para Portugal, porque são velhos, claro que não podem defender a sua pátria lá com armas”, declarou o presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal.
A Associação dos Ucranianos em Portugal vai promover uma manifestação no próximo domingo, 20 de fevereiro, em frente à embaixada e consulados russos em Lisboa, Porto e Vilamoura, “para defender a Ucrânia, defender a Europa, defender os valores democráticos”, anunciou.
Pedindo apoio à sociedade portuguesa, o responsável disse temer que “o terrorista Putin já não queira apenas a Ucrânia”, e que “declara guerra a todo o mundo democrático, mas o centro do confronto continua a ser a Ucrânia e os ucranianos que quer ser um povo livre”.
O representante dos cidadãos ucranianos em Portugal disse que “toda a comunidade ucraniana está muito preocupada com estas ameaças que agora surgiram nas últimas três semanas”, considerando que a informação sobre a retirada de pessoal diplomático de algumas embaixadas, o aviso para deixar o país e a suspensão dos voos (pela KLM) para a Ucrânia, “tudo isto demonstra a gravidade da situação”.