27 Dec 2023, 0:00
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Número de casas transacionadas em Portugal está a cair ao mesmo tempo que os preços continuam a crescer, embora a um ritmo menos acelerado, revela o Índice de Preços da Habitação (IPHab) relativo ao terceiro trimestre do ano, divulgado na terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os preços da habitação cresceram 7,6% entre julho e setembro, em comparação com o mesmo período do ano passado, mas essa subida representa uma desaceleração face ao aumento do IPHab registado nos três meses anteriores (8,7%).
"Neste período, os preços das habitações existentes cresceram de forma mais intensa [8,1%] por comparação com as habitações novas [5,8%]", realça o INE. Isto, numa comparação homóloga. Na variação em cadeia, ou seja, em comparação com os três meses anteriores, o comportamento foi outro: "O crescimento dos preços das habitações novas (2%) superou o das habitações existentes (1,8%)", lê-se na nota do gabinete de estatística.
Segundo o Dinheiro Vivo, nos meses de verão (julho, agosto e setembro), foram transacionadas 34 256 habitações, o que representa menos 18,9% em comparação com o terceiro trimestre de 2022. Já no segundo trimestre deste ano as vendas de habitações tinham caído 22% em termos homólogos.
Quer isto dizer que a subida dos preços da habitação está a coincidir com uma quebra na venda de imóveis residenciais. Também o valor dos negócios concretizados está a cair. "As transações contabilizadas ascenderam a 7,1 mil milhões de euros, menos 12,2% do que no terceiro trimestre de 2022", indica o INE.
O gabinete de estatística nacional diz que se observaram "reduções homólogas no número e no valor das transações de alojamentos em todas as regiões", mas o Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa (AML) "evidenciaram reduções mais intensas do que as registadas ao nível nacional".