23 Dec 2022, 0:00
179
Partilha surge depois de ter feito um apelo para um "apagão" global solidário para com os ucranianos.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, usou as redes sociais para partilhar um vídeo da árvore de Natal no Porto.
A partilha surge depois de ter feito um apelo para um "apagão" global solidário para com os ucranianos.
A câmara do Porto respondeu a esse pedido e apagou as luzes da árvore de natal que está colocada na Avenida dos Aliados.
A Câmara do Porto associou-se à campanha #LightUpUkraine e desligou simbolicamente as luzes dos Paços do Concelho e da Árvore de Natal.
Num comunicado, divulgado na passada terça-feira, a autarquia esclareceu que iria voltar a associar-se a ações de solidariedade com o povo ucraniano, juntando-se à campanha lançada pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, intitulada "#LightUpUkraine".
Esta campanha consiste no desligar das luzes em apoio à Ucrânia, afetada por apagões causados por ataques russos contra as suas infraestruturas de energia.
A iniciativa estava prevista para as 20h na Ucrânia (18h em Portugal Continental) de quarta-feira. Nesse dia e a essa hora, entre as 18h e as 18h30, tanto o edifício da Câmara do Porto, como a Árvore de Natal desligaram, simbolicamente, as suas luzes.
Esta campanha pretendia também arrecadar pelo menos dez milhões de dólares (cerca de 9,4 milhões de euros) para financiar a compra de mil geradores elétricos, para permitir o funcionamento dos hospitais ucranianos.
Num apelo à solidariedade, Zelensky sublinhou, na segunda-feira, que quando os apagões mergulham as pessoas na escuridão durante horas, isso significa que o inimigo não quer apenas tirar a luz, mas "tudo o que faz parte da vida" dos cidadãos. "É assim que vivemos agora na Ucrânia, defendendo-nos de um inimigo que veio para nos destruir", salientou.
"Precisamos do seu apoio. Por todos os médicos forçados a operar no escuro. Por todos os pais e mães que fazem o possível para dar às suas famílias o que precisam, mesmo no escuro. Por todos os ucranianos que acreditam na liberdade, apesar da escuridão", frisou Zelensky.
A cidade de Kiev e dez regiões da Ucrânia foram afetadas na segunda-feira por cortes no fornecimento de eletricidade, após nova vaga de ataques com 'drones' pelas forças russas, adiantou o operador ucraniano Ukrenergo.
Nos últimos meses, Moscovo tem atacado infraestruturas de energia, deixando milhões de ucranianos sem fornecimento elétrico, uma situação que causa maiores preocupações com o inverno.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou pelo menos 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões de refugiados para países europeus, pelo que as Nações Unidas classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.755 civis mortos e 10.607 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.